sábado, 6 de junho de 2009

Brasília

-Tenho grande amor pelas cidades, por esse organismo vivo em que somos ínfima parte, finda. Ela, a cidade, não, ela fica. Nessa questão eu tenho uma relação muito mais complexa e duradoura com Campo Grande e São Paulo, em breve tento sintetizar essa relação em dissertação, e começo a conhecer, como aqueles primeiros olhares trocados, nervosismo e frio na barriga do princípio de qualquer relação, Brasília.

Em verdade que nossa relação está ficando séria agora. A dois anos eu venho com frequêcia, e é difícil no começo, tentamos nos acostumar com suas quadras tão arrumadas, seus Ws, Ls, Eixos, Ilhas, sua secura, sua igualdade e mania de organização claustrofóbica.

Tempo passado, já não nos sentimos desconfortáveis sozinhos, a falta de assunto já não é desconcertante, já nos olhamos com aquele ar de conhecimento. Embora eu saiba que todas as mulheres, quer dizer, as cidades, são muito complicadas e por isso eu ainda me sinto um pouco perdido ao andar por estas ruas sem sequer um botequinho.

E como nós somos diferentes. A ponto de quase me irritar com a sua fisura pela estética, essa carência por um shopping e esse culto pelo corpo. Também, filha de engenheiro, sabe tudo de simetria, é a própria. Acho que teriamos algumas crises, se eu não soubesse que essa relação tem data marcada pra acabar, e é isso que faz ser tão jovem e tão intensa.

Quanta coisa vamos levar um do outro, eu mais dela do que ela de mim. O que é certo que meu amor fica tatuado no meio do deserto do planalto central.



.RodolfoRodrigues.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sobre a maré.

Não é nenhuma força divina que me guia e nem pelo mesmo motivo fui gerado,
é claro, que o medo da morte,a cura da melancolia, a busca de motivos para viver, nós faz crer que nossos destinos são guiados por tal maré.
E eu não quero ofender ninguém, sabendo que isso pode ser um grande conforto nas horas de desespero, mas tal coisa não existe. Nós nos geramos, nós nos matamos, nos amamos e nos odiamos, e é lindo!
As vezes a relação que criei entre Deus sendo o mar, e eu sendo um ser que não navega, venha das origens, as origens que eu tenho, que são muito interioranas (céticas), fora do contato com essa energia milagrosa.
Mas a fé, em qualquer coisa (Deus, ET, humano, música, droga...) é algo que eu aprecio, e tenho. Em mim e em todas as pessoas que eu amo.
Medo da morte?
Para uma pessoa crente de que daqui agente não passa, ou seja, morreremos e viraremos parte da terra e parte da Terra, isso é o que mais assusta.
Porém, meus feitos enquanto vivo, são imortais, e se for demasiado pensar em imortalidade, eles viverão por muitas gerações. E as lembranças são imortais (ainda), mesmo aqueles que agente quer matar, e pessoas e situações vivem em forma de lembrança.
Se tem uma coisa que eu acredito é no homem.
Na nossa mediocridade, nossos erros, nossas crenças. É tudo muito poético, por isso eu vos amo e odeio.



.Maré.
(rodolfo rodrigues)

Há quem diga que não da pé
E o tempo impõe a maré, guiar o mar
E eu que não sou navegador,
Não tenho fé, nem pudor
Nunca vi o mar.

O mar, de longe feito o céu,
Não vai me marear,
Me diga, quando o mar vai me tocar?


.RodolfoRodrigues.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Prólogo

Foi o final do ano de 2006, o começo do projeto, eu (Rodolfo Rodrigues) e Lucas Espíndola (mestre, amigo, irmão...) nos hibernamos em um apartamento na Aclimação (bairro de São Paulo, olhe no GoogleEarth).







A angústia criativa empurrada pelo ócio brutal e a vontade de experimentar os softwares que nos eram apresentados transformou-se nisso: http://www.myspace.com/dalaimessage.


De perto e com apoio de pessoas como, Flávio Espíndola, Fabiano Santodomingo, Raí Espíndola, o primeiro com idéias, palavras de apoio, aditivos, arranjos (guitarra na versão demo de The Piano). O segundo nos ajudando a buscar dentro dos infindos timbres e plug-ins alguns que se adaptasse a nossa loucura. E o terceiro com o apoio nas gravações e nos vídeos.





-O trabalho mais importante da minha vida e mais recompensador, entrou pra história, nem que seja só pra minha.



E aqui estamos em 2009, pra trazer de volta, nem que seja pra poucos, que seja pra quem queira ouvir, que seja pra nós, ok?


Faz bem à alma.


Música serve pra isso.

Vou disponibilizar as novas letras e novos pensamentos, novas idéias, novas parcerias e textos mil.

e começamos lá em 2006.




THE PIANO
(lucas espíndola/rodolfo rodrigues)

playin' the piano in the sewers
now i got the tunning for this song
catch upon my mind as clear as sky
now i got to do it on my own

i think life
as a big fat mama
and it feels like
we spend it together




.RodolfoRodrigues.